quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Continuação do meu diário virtual, 5ª página

   Coisas anormais acontecem com os bruxos, e, algumas vezes, acabam até sendo normais. Mas tem uma coisa que, dentro de muitas, acaba sendo anormal de qualquer jeito: Alguém se aliar à Sonserina.
   Foi o que acabei de ouvir de Ana, que nunca mente: A louca varrida da Mádi se tornou "amiguinha" de Emília Bulstrode.
   Emília Bulstrode não é alguém que eu chamaria de "gentil" ou "amigável". É a menina mais turrona do mundo, não sabe brincar com nada, vive sempre de cara feia. Até para os melhores amigos ela consegue mentir e enganar. Uma coisa todos sabem sobre ela: "Nunca confie em Emília Bulstrode, por que até nos amigos mais íntimos ela pode passar a perna". E os boatos são verdadeiros.
   Nunca consegui sentir nada além de nojo por Mádi Brocklehurst. Mas, dessa vez, até consegui sentir um pouco de pena dela. Com certeza, Mádi vai se arrepender muito de ter confiado na Emília, Ana diz.
   Naquela manhã, quando já tinham se passado dois dias após saber das novidades entre Brocklehurst e Bulstrode,  não consegui me conter:
   - Preciso urgentemente conversar com Mádi - sussurrei para Ana, no café da manhã.
   - Ficou maluca? O que quer com a "nojentinha"? - Falou ela em voz alta.
   - Preciso saber o que ela quer. Com Emília.
   - Ela nunca vai te responder, ou nem sequer, olhar para sua cara - mas eu já estava indo para a mesa da Corvinal quando ela respondeu.
   Mádi ria com as amiguinhas chatas dela, todas com nariz estranho. Quando me aproximei delas, as que me viram pigarrearam e me fuzilaram com o olhar. Mádi estava sentada de costas para mim, como sempre, e assim que as primeiras garotas pararam de rir, ela se virou:
   - Que é que faz aqui? Não está vendo que é proibido sair de sua mesa?- perguntou ela, a voz enojada.
   - Não estou nem ligando para as regras, só vim por um motivo: o que quer com Emília Bulstrode?
   - Isto não é da sua conta - falou Mádi, evitando o meu olhar.
   - Se você soubesse o quanto mente mal... A questão é: se não é da minha conta, então por que se aliou à ela? Digo, você só pode estar armando alguma para cima de mim fazendo o que fez. Caso esteja armando para me perturbar, então com certeza é da minha conta.- respondi, tentando não mostrar a minha voz trêmula.
   - Não é por sua causa. Não posso achá-la legal? Agora é crime ser amiga dela? Por favor, francamente...
   - Não pode confiar nela - interrompi-a depressa - ela passa a perna em todo mundo. É o que todos dizem.
   - E se estas informações estiverem erradas? Não me importo com o que os outros dizem. Eu conheço a Emília e ela é uma pessoa muito legal. Agora, se me der licença...
   - Ela é da Sonserina! As pessoas da Sonserina mentem. Não consigo acreditar que...
   Nessa hora, a prof ª. Mcgonagall me interrompe com a seriedade estampada em seu rosto rígido. Ela aponta em direção à minha mesa, e, sem dizer uma palavra, atravesso o Salão Principal e vou para o meu lugar. Ana me esperava aborrecida por não tê-la escutado.
   - E então, como foi? - pergunta ela, finalmente, quebrando o silêncio.
   - Ela falou que achava Emília "muito legal". Foi isso que ela me disse. E também falou que conhecia ela, e tinha certeza de que não iria ser enganada.
   - E ela falou por que tinha se aliado à ela?
   - Só disse que achava-a uma boa amiga.- respondi.
   - Viu? Eu falei que ela iria mentir. Está claro que Bulstrode só é sua aliada por ter pagado ela, ou o contrário. - falou Ana, com ar de sabe-tudo.
   - Mas e se Mádi estiver falando a verdade? Digo, eu sei quando ela mente. Ela mente muito mal. Aquilo não parecia mentira.
   - Ah! Você se surpreenderia o quanto as pessoas mudam quando passam a andar com o pessoal da Sonserina. Especialmente Mádi, que cai como um patinho em todas as pegadinhas.
   Naquela noite, quando estava estudando com Ana na biblioteca, alguma coisa brilhou na minha mente: eu tive uma ideia.
   Esperei até que a bibliotecária saísse e fui sorrateiramente até a seção reservada. Ana estava no banheiro, então não podia argumentar nada. Eu tinha que achar um livro: Poções muy potentes. Um dia ouvi Snape e Flitwick conversando sobre uma tal de Poção Polissuco. Snape falou que a receita desta poção estaria no Livro Poções muy potentes. E eu tinha que descobrir o que esta poção fazia, eu tinha um leve pressentimento de que ela tinha a ver com a solução para desvendar o mistério de Emília.
   Lá estava ele: um grosso livro empoeirado, amontoado na seção reservada. Peguei-o e o escondi nas minhas vestes, o que não foi muito fácil. Saí depressa da biblioteca, diretamente para a sala comunal da Lufa-Lufa, onde não tinha ninguém. Tirei o livro do "esconderijo" e comecei a folheá-lo:
   - Aqui está! - e comecei a ler - A poção Polissuco tem a função de fazer com que a pessoa que a beba tenha a aparência de outra. Os ingredientes são: Hemeróbios, sanguessugas, descurainia, sanguinária, pó de chifre de unicórnio, araramboia picada, e um pedacinho da pessoa em que quiseres se transformar.
   Neste momento, Ana entrou na sala, arfando e suada.
   - TE PROCUREI EM TODO LUGAR! ONDE É QUE VOCÊ...- seu olhar se direcionou para o livro no meu colo - O que é isso?
   - Não é nada - menti- é só mais um livro de História da Magia.
   - Nunca notei um com essa aparência- murmurou ela, desconfiada - Se você estiver mentindo...
   - O quê? Por que faria isso com a minha melhor amiga? Seria crueldade! É que eu... o encapei com um outro tipo de pano- menti novamente - para... proteger melhor, sabe, assim é mais difícil de sujar...
   - Tá bom... Eu acredito em você - mas ainda sim parecia desconfiada - mas porquê raios você decidiu sair da biblioteca?
   - Ora, é por que eu o tinha esquecido aqui e vim buscá-lo. - respondi, temendo que ela não acreditasse.
   - Bem, você poderia ter me avisado onde ia- falou ela, aborrecida - ou só deixar um bilhete.
   - Me desculpe, foi indelicadeza da minha parte. Não vai acontecer de novo, tá?
   - Tá né...
   - Ei, escuta... - interrompi-a - Eu tô cansada, acho melhor estudar na cama, mesmo.
   - Tudo bem, mas eu vou estudar na biblioteca. Lá é o lugar ideal para um estudo, você sabe disso.
   - Sei, sei... Mas é sério... Estou exausta. Amanhã estudo na biblioteca com você novamente.
   E assim, fiquei sozinha com o livro proibido... Já pensando em como faria, no dia seguinte, para conseguir todos os ingredientes.


Continua...
     

domingo, 16 de dezembro de 2012

Continuação do meu diário virtual, 4ª página

   Sabem quando existem defeitos, mas que também podem ser qualidades? Eu tenho um: a minha curiosidade é tremenda. Tão tremenda que resolvi seguir as garotas com os uniformes.
   Elas iam andando na frente, e eu ia me esgueirando sorrateiramente atrás, de modo a ficar despercebida. Uma delas era loura com o cabelo preso firmemente em um rabo-de-cavalo. As outras duas eram castanhas e mais baixinhas que a loura. Iam levando vassouras nas costas e pequenos rolinhos de pergaminho e penas nas mãos.
   O destino da "nossa viagem" era o vestiário. Lá estavam Chester, Ernie, um outro garoto que não reconheci e.... Roger?
   Estava claro que formavam um time de quadribol. Mas que será que Roger estava fazendo ali? Não era possível que era um jogador de quadribol. Simplesmente impossível.
   Fiquei atrás de um armário para ouvir a conversa.
   - Muito bem - falou Chester, um garoto corpulento do quarto ano que parecia ser o capitão - As nossas táticas são as seguintes: Já que nosso próximo adversário será a Corvinal, sabemos que eles atacam do alto. Vamos tentar bloqueá-los ao máximo. Roger, fique atento nos balaços - assim que ele disse tais palavras à Roger, fiquei pasma. Quer dizer então que Roger era um batedor. Como ele, com aqueles bracinhos curtinhos e gordinhos, iria conseguir rebater um balaço para longe? - Bem, vamos começar atacando. Nádia, fique atenta no Boot. Carla, ajude Roger com os balaços, mas fique perto de Ernie, já que o forte dele não é desviar. E Edward - falou, dirigindo-se ao menino magricela que eu não tinha reconhecido - Você é o nosso melhor atacante. Já que eles atacam do alto, você ataca por baixo, eles não vão esperar por isso. Ernie, você dá cobertura ao Edward. Eu vou continuar defendendo, já que sou o goleiro. Ah! e Mary, vigie tudo lá do alto, feito o Potter. Quando aparecer o pomo, agarre-o. Só mergulhe na direção dele com tudo e esqueça os outros jogadores e as outras bolas. Só se concentre no pomo. - A garota loura fez que sim com a cabeça, e começou a anotar tudo o que Chester falou. - OK, vamos iniciar o treino.
   Todos saíram, alguns bocejando, com as vassouras nas mãos prontas para serem montadas. Eu não podia perder nenhum minutinho do treino do time da Lufa-Lufa. Afinal, eu queria muito descobrir se estavam indo bem.
   Mas... não sei definir o estado do pessoal... só sei que não era nada bom.
   Roger, como eu havia previsto, mal conseguia montar na vassoura e rebater os balaços ao mesmo tempo. Carla até que era boa batedora, mas também não chegava a 60% do que precisávamos. Nádia e Ernie ficavam apenas concentrados em fugir dos balaços, e mesmo quando as bolas estavam longe, os dois paravam para observá-los. Edward, porém, era o único que obtinha êxito no jogo. Chester também defendia bem, mas ele não tinha muita velocidade. Já Mary, a apanhadora, levou meia hora só para visualizar o pomo.
   Bem, resumindo, o time de quadribol da Lufa-Lufa ia de mal a pior.
   Eu queria que me aceitassem no lugar de Roger como batedora. Sabem, ano passado meu pai me deu de presente uma vassoura (é claro que ele não sabia que eu não poderia usar a vassoura no primeiro ano na escola). Desde então, todas as noites venho treinando no meu quintal rebatendo bolas de basquete. No verão passado, eu treinei muito na esperança de eles verem o quanto eu sou boa e me inscreverem no time. Mas, até agora, não tive sorte. Ano que vem com certeza vou me candidatar como nova batedora do time da Lufa-Lufa, que, cá entre nós, estão precisando.
   Quando estavam finalmente ganhando animação o bastante para poder vencer Corvinal, Mary me viu sentada discretamente na arquibancada. Em vez de vir cautelosamente em minha direção para conversarmos, ela gritou, esganiçada:
   - UMA ESPIÃ DA CORVINAL! ESTÁ NOS OBSERVANDO E VENDO NOSSAS TÁTICAS! TRAPACEANDO!
   Eu literalmente não sabia onde me enfiar. Senti minhas bochechas corarem, enquanto Chester abandonava o jogo e vinha, furioso, em minha direção.
   - Te pegamos no flagra. Olha só, estávamos só aquecendo - mentiu ele, nervoso.
   - Eu sou da Lufa-Lufa. Podem perguntar para todo mundo... Podem perguntar ao Ernie! Ele me conhece - falei depressa.
   - Ernie! Você conhece ela? - gritou Chester ao Ernie, que observava atento um balaço perseguir Edward.
   Ele mirou sua atenção para mim.
   - Susy, o que está fazendo aqui? Sim, Chester, é claro que conheço ela. É melhor amiga de Ana Abbott, da Lufa-Lufa. - gritou ele em resposta, e depois começou a se afastar de um balaço.
   - Ah... Me desculpe - disse, desajeitada, Mary.
   - É, me desculpa... é Susy, não? - falou Chester.
   - É Susana Bones, mas todos me chamam de Susy. É que eu queria ver como as coisas estão indo para o time. - respondi.
   - É mesmo? - falou ele, ansioso - E então, o que você acha?
   - Está....bem....Ótimo - menti - Vocês não tem que treinar?
   Mary e Chester, então, voltaram à voar nas vassouras, Mary finalmente visualiza o pomo e começa à persegui-lo loucamente. Chester volta ao seu lugar, defendendo as goles de Nadia.

   No almoço, encontrei Ana guardando um lugar para mim ao seu lado. Estava comendo tortinhas de abóboras novamente, depois de uma monótona aula de História da Magia.
   - E aí, onde esteve a manhã inteira? - perguntou ela, quando sento e boto suco de abóbora no copo.
   - Estive assistindo ao treino do time de quadribol da Lufa-Lufa.
   - É mesmo? E aí o que achou dele?
   - Horrível. Você acredita que o Roger é...o batedor?
   - CRUZ CREDO! Não acredito!! Que absurdo! Aquele com os bracinhos do tamanho das minhas meias?
   - É esse mesmo.
   - Nossa! E eu tenho outra novidade: Mádi Brocklehurst se aliou à Emília Bulstrode, da Sonserina.
   - O quê?



Continua...
 
 
 

sábado, 15 de dezembro de 2012

O novo visual do meu diário virtual

Olá, caros leitores. O que vocês acharam do visual completamente amarelo do meu diário-blog?
Eu fiz isso em homenagem à Lufa-Lufa, já que sua cor-símbolo é amarelo.
Bem, espero que tenham gostado! Até a próxima!





 

Continuação do meu diário virtual, 3ª página

   O dormitório era incrível. Nossas camas eram decoradas com colchas de retalio amarelas, as paredes de cor amarelo-sol e os abajures com renda amarelo-claro. Ao contrário dos dormitórios normais, este era reto com as camas alinhadas uma ao lado da outra. O colchão, como era de se esperar, era macio de mais. A cesta de madeira que fora mencionada por Alfredo estava lá, com um cadeado roxo para ser trancada a qualquer momento.
   Ana não possuía animal algum de estimação, e Fushka foi entregue à Argo Filch, o zelador. É claro que o gatinho odiava Filch, mas não havia outro jeito se não ir com ele.
   A minha noite foi a melhor da minha vida. Sonhei com as coisas mais maravilhosas que alguém poderia imaginar, incluindo pudim de leite condensando e tortinhas de abóboras. Ana ficou com a cama ao lado da minha. Era impossível ter pesadelos, pelo menos não naquela noite, naquele instante perfeito.
   No dia seguinte, era incrível o meu bom humor, de modo que sorria até mesmo para Mádi Brocklehurst. A nossa primeira aula do dia era herbologia. A Prof.ª Sprout era uma bruxa baixinha e gorducha, que nos ensinava tal matéria.
   - Nunca ouvi falar em herbologia - disse Ana, franzindo a testa ao ler os horários.
   - É onde aprendemos a cuidar de plantas e fungos estranhos, e descobrimos para que são usados - respondi.
   As aulas do primeiro ano se passavam na estufa número um. Haviam outras estufas também, mas eram para anos mais avançados. A Profa. Sprout nos guiou até a estufa 1 e nos indicou bacias cheias de lama, para que ficássemos analisando-as. Disse para montarmos grupos de três, e cada trio iria ficar com uma bacia.
   - Muito bem, já formaram os trios? - gritou a Prof.ª Sprout aos alunos, que aos poucos iam se agrupando.
   Naturalmente, fiquei com Ana, mas estávamos com dificuldade em arranjar um terceiro membro para o grupo.
   - Alguém sem grupo? - gritou mais uma vez a Prof.ª
   Ouviu-se um "eu" no fundo da estufa. Todos olharam para ele: um garotinho gorducho de cabelo encaracolado e muito louro usando uma capa púrpura, que estendeu o bracinho gordo.
   - Bem, então você vai para o grupo das meninas ali - e apontou para nós.
   O garoto veio em nossa direção, desajeitado. Dei um sorrisinho sem jeito para ele, mas foi difícil Ana ao menos forçar um.
   A Prof.ª Sprout nos explicou como "colher" os fungos presentes nas bacias e perguntei ao garoto como era seu nome.
   - É Roger Springs, vim para Hogwarts de última hora, quando me inscrevi já haviam selecionado os alunos novos - respondeu ele, meio tímido.
   - Bom, eu sou Susy e esta é Ana - eu disse.
   Olhei para Ana. Ela nem sequer olhou para a cara de Roger, e nem depois do cutucão que dei nela ela conseguiu dar um sorriso ao menino. Que será que havia com ela? Por que será que estava agindo daquele jeito?
   Quando acabou o trabalho na estufa, voltamos para o castelo para a aula seguinte: História da Magia. Diziam que era a mais chata de todas as aulas, e os boatos não erravam. O Prof. Binns era um fantasma, mas agia como se não soubesse disso. Quase dormi na aula, debruçada sobre o livro, quando tocou o sinal anunciando o almoço.
   Ao sentarmos na mesa da Lufa-Lufa para começar a comer, me dirigi à Ana seriamente:
   - Ana, o que foi que deu em você aquela hora? - perguntei.
   - Não sei do que está falando - murmurou ela, tentando evitar o meu olhar ao se servir de empadão de frango.
   - Mas é claro que sabe! Na estufa, a sua reação com o Roger...
   - Não quero saber daquele tal Roger, está bem? Podemos mudar de assunto? - interrompeu-me Ana, mau-humorada.
   - Por que está tão aborrecida? Diga-me, eu só quero ajudar...
   - Eu não quero a sua ajuda! - rosnou ela  - E agora se me der licença, perdi o apetite.
   E se retirou, batendo o pé, as orelhas vermelhas. Parecia que, a qualquer momento, iria sair fumaça de sua cabeça.
   Sem entender nada, me pus a comer, a cabeça baixa de tristeza.
   - Ela vai acalmar, tenha confiança nisso - uma voz falou ao meu lado. Era Justino Finch-Flechley. Ele estava no meu ano, possuía cabelos encaracolados e olhos cor de mel - Só está com ciúmes.
   - Espere aí, isso não faz o menor sentido! Por que estaria com ciúmes? - indaguei.
   - Por que ela acha que você estava dando mais atenção ao Roger do que à ela.- Falou Justino.
   - Do que você está falando? E como você sabe disso?
   - Tudo bem, tem alguma teoria melhor para justificar o acesso de raiva dela?- perguntou ele, erguendo as sombrancelhas com ar de sabe-tudo.
   Eu não tinha pensado nisso antes. Para que ter ciúmes, se estamos falando do Roger? Ana dá de dez à zero naquele gordinho de meia tigela. Na minha opinião, ter ciúmes por causa daquilo era a coisa mais infantil que uma pessoa poderia ter feito até agora.
   - Vá falar com ela - sugeriu Justino.
   E foi exatamente o que eu fiz. Saí do Salão Principal, e fui direto para o dormitório da Lufa-Lufa, que era o lugar mais provável em que Ana poderia estar. Ao chegar lá, entrei de fininho pela porta, e lá estava ela, resmungando baixinho para si mesma.
   - Bom, eu sou Susy e esta é Ana - murmurou ela, fazendo uma péssima imitação da minha voz.
   - Sabe, eu só estava tentando ser amigável - interrompi-a. Ana quase pulou de susto, olhando assustada na minha direção. Depois de se recuperar, voltou a fechar a cara para mim.
   Sentei me ao seu lado. Ela continuou olhando para baixo, sem mostrar nenhum indício de felicidade.
   - Não esperava que viesse - falou finalmente ela, baixinho.
   - Bem, é isso que as melhores amigas fazem. Seguem umas as outras em busca de ajudá-las.
   - Já disse que não preciso da sua ajuda. - grunhiu ela.
   - Olha, eu só vim dizer que não precisa ficar com ciúmes.- falei, não direcionando o olhar para ela.
   - Quem disse que estou com ciúmes? - perguntou ela.
   - Se não é ciúmes, então me fala o que é que te intriga tanto.
   Ouve uma pausa momentânea. Finalmente Ana quebrou o silêncio, desabafando:
   - Está certo, não gostei da atenção que você dava ao Roger - ela falou a palavra "Roger" como se fosse a palavra mais desprezível do mundo - Você deve estar achando que eu pareço um bebezinho por pensar assim. Mas parecia que você tinha me deixado pra lá e só ficava conversando com ele.
   Eu queria falar é verdade, esta é a atitude mais ridícula que alguém já teve, mas engoli as palavras. Em vez disso falei:
   - Na verdade, eu só não estava conversando muito com você por que você simplesmente fechou a cara para o mundo, e eu não entendi o por quê. Naquela hora, no Salão Principal, eu só estava tentando descobrir o que eu não tinha entendido. Você mal conhecia o garoto e nem se esforçou para lhe dar um sorrisinho. Eu só estava tentando ser educada com ele. - respondi.
   - Me desculpe, Susy. Eu interpretei mal as suas intenções.
   E nós duas nos abraçamos como amigas felizes novamente.
 
   Na manhã seguinte, acordei cedo. Ouvi passos imediatamente até a porta e, quando vi, umas três garotas estavam com um uniforme esquisito e roxo. Mas não eram uniformes comuns: eram uniformes de quadribol.
 

Continua...   
     
             

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Continuação do meu diário virtual, 2ª página

   As coisas melhoraram no dia seguinte, quando tive que embarcar na plataforma nove e meia. Encontrei Ana lá, com seus pais. Para minha surpresa, eles eram totalmente trouxas, como os pais de Hermione Granger.
   No trem, durante a viagem, me empanturrei de sapos de chocolate, que enfeiticei para criarem movimento e para divertir à mim e à Ana. Por sorte, conseguimos pegar uma cabine só para nós duas. Por falta de sorte, Mádi não parava de invadir nossa privacidade para nos atormentar um pouquinho, com seus amigos "que com certeza vão para Corvinal também!", como dizia ela.
   - Queria poder dar um soco no nariz dela.- murmurou Ana, depois que Mádi deixou a cabine após constrangê-la.
   - Eu também. Sabe, ela foi uma grossa comigo na primeira vez que a vi. Eu só disse "Oi, meu nome é Susana" que ela já empinou o nariz e ficou se achando.
   Quando chegamos ao incrível castelo de Hogwarts, Rúbeo Hagrid concedeu-nos um espaço no barquinho a remo, junto com Lilá Brown e Parvati Patil. Elas eram muito legais, mas eu tinha o esquisito pressentimento de que elas não iriam ficar na mesma casa que eu.
   E eu estava certa.
   A prof ª Mcgonagall nos fez formar uma fila única, na frente de um chapéu sujo e velho, que parecia que tinha uma boca. E pior que tinha mesmo! Nós nos adiantamos e fomos as primeiras da fila. Ana foi chamada pela prof ª, e se dirigiu até um banquinho, onde se sentou. O chapéu foi colocado em sua cabeça, e depois de uma pausa momentânea, este anunciou: LUFA-LUFA!
   Com as bochechas mais vermelhas do que nunca, ela foi se sentar à uma mesa que explodiu em vivas. Um fantasma foi cumprimentá-la, feliz, e por fim, Ana se sentou. Eu estava muito nervosa, sentia meu rosto quente e o suor escorrendo por minha testa. Foi anunciado meu nome:
   - Susana Bones! - gritou a prof ª Mcgonagall.
   Tremendo, fui me sentar no banquinho. Eu rezava desesperadamente para não ir para a Corvinal, e nem para a Sonserina. Após uma mesma pausa, o chapéu anunciou:
   - LUFA-LUFA!
   "Ufa!", pensei. Sentei-me ao lado de Ana, nós duas vibrando por termos parado na mesma casa. Olhei para Mádi Brocklehurst, que sorria maldosamente em minha direção, como se dissesse: "Viu, eu falei que você ia para a Lufa-Lufa!"
   O banquete foi um espetáculo, depois de Mádi ter ido para a Corvinal, Parvati e Lilá terem ido para a Grifinória, e o famoso Harry Potter também ter ido para a Grifinória. Os alimentos espetaculares apareciam e reapareciam nos pratos, conforme fomos comendo. Eu e Ana nos divertimos à beça na mesa da Lufa-Lufa.
   Depois da festa, o nosso monitor chefe Alfredo Frintine, reuniu-nos e nos guiou até o retrato de um enorme sapo verde-escuro. Ele parou aos tropeços na frente do retrato e murmurou, baixinho:
   - Pena de avestruz!
   O sapo coachou alegremente e o retrato moveu-se, revelando um buraco notável. Todos entramos através do tal buraco, e eu me vi de cara com uma enorme sala, que o monitor explicou se chamar "sala comunal". Possuía poltronas pomposas e cor-de-violeta, com enormes portas nas laterais.
   - As portas da direita são para as meninas, e as da esquerda são para os meninos - Falou Alfredo, virando-se para nós - Quando entrarem, irão ver que, em ambos os dormitórios, em frente as camas possui uma enorme cesta de madeira. Guardem seus pertences ali, e, ao terminarem, deixem o malão em baixo da cama. Quem possuir animais de estimação como gatos e corujas, procurem Filch, nosso zelador. As corujas serão encaminhadas ao corujeiro, e os gatos à um espaço adequado para eles. Quem tiver sapos ou outro animal, procurem deixá-los em um lugar seguro, como um aquário para os sapos, por exemplo.


Continua...          

A História de J.K Rowling...(boatos)

No mundo dos trouxas, antes de eu ter 11 anos, é claro que eu estudava em uma escola em Londres. A minha prof ª de Inglês contou à classe sobre boatos da história da famosa e incrível J.K Rowling.
   A prof ª chamava-se Josi. Ela contou:
   - Dizem que J.K Rowling perdeu o filho, e ficou solitária no mundo. Não queria saber de sair de casa, a sua dor era muito grande. Como o filho gostava muito de histórias de aventuras, resolveu escrever um livro de aventuras fictícias. Acabou que o livro (Harry Potter e a Pedra Filosofal) ficou famoso, fez sucesso. Todos admiravam e admiram seu trabalho, e, como sua solidão chegou ao fim, ela teve de enfrentar o medo de sair de casa. Hoje, ela se encontra mais feliz do que nunca, dando centenas de milhões de autógrafos para fãs apaixonados...

    

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

1ª página do meu diário virtual

Querido Diário virtual...

   Meu nome é Susana Bones. Se vocês (leitores) procurarem no livro Harry Potter e a Pedra Filosofal, poderão ver que, na página 90, J.K Rowling cita meu nome. Sou a segunda aluna a ser escolhida pelo chapéu seletor, e a minha casa é a Lufa-Lufa. Minha melhor amiga é Ana Abbott. Ela também é da Lufa-Lufa, sendo que foi a primeira a ser escolhida pelo chapéu seletor.
   Antes de tudo isso, até mesmo de mim, Margarett Bones (minha mãe, que é uma bruxa) trabalhava em Londres após ter completado os estudos na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. Conheceu meu pai (Otávius) em uma lanchonete. Eles se casaram, tiveram minha irmã mais velha (Sarah Bones) e depois de três anos tiveram a mim.
   Meu pai é um trouxa. Trabalha em uma fábrica de pastas de dente, e anda sempre muito ocupado.
   Há também, um último detalhe sobre a minha família: Os meus pais são divorciados. Minha mãe vive muito estressada depois da separação, até mesmo comigo. Foi um milagre quando topou em ir para o Beco Diagonal junto com meu pai, para comprar os meus materiais.

Detalhes sobre mim:

 Cor da pele: Clara.
 Cor dos olhos: Verdes.
 Cor dos cabelos: Vermelhos cor-de-fogo.
 Vestuário de sempre: Jaqueta de couro marrom, uma camiseta amarela e jeans.
 Humor: Animada.
 Família: Mista.
 Onde mora: Depende. Normalmente, nos dias de semana fico com meu pai, em Londres. Aos finais de semana, fico com minha mãe, em Liverpool.
 Amigos: Ana Abbott.
 Inimigos: Mádi Brocklehurst. (da Corvinal).
 Animal de estimação: Um gato laranja e listrado, chamado Fushka.


  Inimigos em Hogwarts não é bom. Aliás, não é bom nem em qualquer outro lugar. Mas, infelizmente, eu tenho uma: Mádi Brocklehurst. J.K Rowling também cita ela no primeiro livro do HP. Nossa rivalidade começou da seguinte maneira:
  Eu estava no Beco Diagonal, antes do meu primeiro ano letivo em Hogwarts. Meu pai estava olhando curioso para as corujas da loja de animais, minha mãe estava ocupada tentando ficar longe do meu pai, e Sarah estava conversando com as amigas na frente da Floreios e Borrões.
  Enquanto caminhava pelo Beco, algo me chamou a atenção: Havia uma curiosa loja o qual na vitrine haviam vassouras. Não simples vassouras, mas vassouras lindas e diferentes. Quando entrei na loja, vi que não estava cheia. Havia um menino e o pai discutindo com o vendedor, dois adolescentes analisando uma Nimbus 2000, e uma garota solitária analisando os produtos da vitrine.
  Me aproximei da garota. Tinha cabelos cor-de-areia, nariz empinado e bochechas um pouquinho rosadas. Pele branca e perfeita, pernas compridas e mãos delicadas.
  - Oi, meu nome é Susana.- Falei à ela.
  - Oi, meu nome é Mádi. Agora cai fora por que estou concentrada nesta Nimbus da vitrine.- Respondeu Mádi, num tom esnobe.
  - Só estava tentando ser amigável.
  - Pois eu não preciso que as pessoas sejam amigáveis comigo. Aposto todo o meu dinheiro que você vai para a Lufa-Lufa, onde só tem panacas. Acredite, é melhor assim. E eu vou para a Corvinal, é claro, onde só tem gente inteligente. Como eu e toda a minha família.
  - Não vou para a Lufa-Lufa, e você não vai para a Corvinal, já que é tão egoísta.
  - Nossa, está tentando bancar a sabichona? Não me importo com a sua opinião, você deveria fazer o mesmo em relação às pessoas.- responde ela, com um sorriso falso. E, entre risos, ela sai empinando ainda mais seu nariz (como se isso a tornasse superior à todos).
   Desde então eu a odeio com toda a minha alma.
   Quando saí da loja, tremendo de raiva, acabei esbarrando em uma menina loira com bochechas extremamente rosadas e maria-chiquinhas.
   - Ai, me desculpe, eu sou muito desastrada mesmo! - Lamentou ela, ajeitando uma das maria-chiquinhas que se desfez com o tombo.
   - Não tem problema, acidentes acontecem. Qual é o seu nome?
   - Abbott, Ana Abbott. E o seu?
   - Bones, Susana Bones. Mas pode me chamar de Susy.- Falei, com o meu melhor sorriso. Eu estava muito feliz por ter, finalmente, alguém que fosse educada o bastante para me dar um "oi" descente.

Continua...